Economia

Lance Notícias | 30/01/2025 10:27

30/01/2025 10:27

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Copom aumenta taxa de juros para 13,25% na primeira reunião do ano

Selic saiu de 12,25%, com um aumento de um ponto percentual

O Banco Central aumentou, nesta quarta-feira (29), a taxa básica de juros para 13,25% ao ano, com uma elevação de um ponto percentual. A decisão ocorreu durante o Comitê de Política Monetária (Copom) e a votação foi unânime, com voto favorável dos nove diretores.

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Esta é a primeira reunião chefiada pelo novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula. A decisão do comitê mantém a série de altas da taxa selic, que ocorrem desde o dia 18 de setembro de 2024. A ação busca conter o avanço da inflação, que vem crescendo no país.

O novo acréscimo já era esperado por grande parte do mercado financeiro, após indicação do próprio Banco Central feita em dezembro do ano passado. A projeção é que os aumentos da taxa selic continuem nos próximos meses, com os juros chegando a 15% ao ano em meados de 2025, maior patamar em 20 anos.

“Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, destaca o Copom no comunicado da reunião.

Entenda o cenário

A taxa básica de juros da economia é o principal instrumento do Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias do país. Para definir os juros é utilizado um sistema de metas, portanto, se as projeções estiverem em linha com as metas, pode abaixar os juros. Caso contrário, a instituição tende a manter ou subir a taxa da Selic.

Em 2025 o BC deu início ao sistema de meta contínua. O objetivo é que a inflação esteja em 3% ao ano e será considerado comprido se oscilar entre 1,5% e 4,5%. As mudanças levam em consideração as projeções, pois as medidas demoram de seis a 18 meses para ter impacto na economia.

Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

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