Os bombeiros destacaram que os guarda-vidas não podem abandonar seus postos para procurar crianças, pois precisam manter a vigilância do mar
Uma criança desapareceu na Praia do Centro, em Itapema, nesta segunda-feira (3). Os pais, desesperados, foram até o posto sete de guarda-vidas pedir ajuda, mas, segundo relato de um policial militar que estava de folga no local, os quatro profissionais presentes não prestaram assistência.
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Diante da omissão, o próprio policial, que preferiu não se identificar, iniciou as buscas pela menina, contando com o auxílio de banhistas que se mobilizaram e bateram palmas para alertar a praia. A criança foi encontrada a 500 metros do posto salva-vidas.
Após a situação ser controlada, o policial questionou os guarda-vidas sobre a falta de apoio. Um deles desceu do posto com um martelo na mão e avançou em sua direção. O agente informou que, na ocasião, não havia bombeiros militares no local, embora um dos presentes tenha se identificado como tenente, mas sem trajes oficiais.
De acordo com o policial, em nenhum momento ele faltou com respeito. A única alteração ocorreu durante as ameaças. Ele afirma que a postura dos guarda-vidas é inadmissível e questiona o preparo da equipe.
“Tem binóculos, rádio, lancha, tudo que eles precisam para prestar apoio, mas ninguém ajudou”, desabafou. Um boletim de ocorrência foi registrado contra o guarda-vidas que o ameaçou.
O agente de segurança, que também é nadador, relatou que não havia sinalização de corrente de retorno na área, apesar das condições do mar. “Não sei se é preguiça ou falta de preparo”, disse.
O que diz o Corpo de Bombeiros:
O jornalismo do Lance Itapema entrou em contato com o Corpo de Bombeiros Militar, que esclareceu que a situação tratou-se de um mal-entendido. Segundo a corporação, o protocolo foi seguido corretamente, com a coleta de informações sobre a criança desaparecida, incluindo descrição de roupas e idade, repassadas via rádio para todos os postos.
Os bombeiros destacaram que os guarda-vidas não podem abandonar seus postos para procurar crianças, pois precisam manter a vigilância do mar. Além disso, reforçaram que casos de crianças perdidas são recorrentes e sempre solucionados seguindo o mesmo procedimento.