Com a atualização dos dados epidemiológicos em Santa Catarina, Itapema desponta com um quadro alarmante: até 16 de fevereiro, 197 focos do Aedes aegypti foram detectados, 174 em áreas residenciais. A situação eleva Itapema à classificação de cidade infestada pelo mosquito, enquanto o estado enfrenta um aumento de mais de 650% nos casos de dengue […]
Com a atualização dos dados epidemiológicos em Santa Catarina, Itapema desponta com um quadro alarmante: até 16 de fevereiro, 197 focos do Aedes aegypti foram detectados, 174 em áreas residenciais. A situação eleva Itapema à classificação de cidade infestada pelo mosquito, enquanto o estado enfrenta um aumento de mais de 650% nos casos de dengue comparado ao ano anterior.
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A doença pode evoluir para condições médicas sérias, incluindo hepatite e insuficiência renal. “A gravidade surge da inflamação em órgãos afetados pelo vírus, que penetra na corrente sanguínea e se multiplica, levando à formação de substâncias tóxicas no corpo”, esclarece a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, conforme notícia publicada pelo Metrópoles.
Durante o período de incubação do vírus, que dura de quatro a sete dias após a picada do mosquito, ocorre a proliferação em órgãos vitais como o baço e o fígado. A fase de viremia, que se segue, dura aproximadamente seis dias e apresenta febre alta como sintoma principal, indicativo de que o vírus continua ativo e se multiplicando.
A Secretaria de Saúde adverte que a dengue causa aumento da permeabilidade vascular, resultando em perda significativa de plasma, o que pode levar a um estado grave de desidratação no paciente.
Além disso, a diminuição acentuada de plaquetas, consequência do impacto do vírus na medula óssea, pode resultar em sangramentos severos. “Quedas expressivas nas plaquetas são um sinal de alarme e requerem atendimento médico urgente”, alerta a Secretaria, mencionando que o agravamento da dengue pode acarretar danos a órgãos e alterações neurológicas.
Casos de dengue disparam em Santa Catarina
A escalada da dengue não mostra sinais de desaceleração em Santa Catarina, com um salto para 13.002 casos prováveis em 175 municípios. O crescimento é expressivo e ultrapassa 654,8% em relação ao período similar de 2023, uma estatística que reforça a necessidade urgente de medidas preventivas e de controle.
A severidade do surto é sublinhada pelos oito óbitos já confirmados devido à doença. A situação se torna mais sombria à medida que a comunidade e as autoridades de saúde buscam conter a disseminação do vírus e evitar mais perdas.
A Secretaria de Estado da Saúde, liderada por Carmen Zanotto, intensifica esforços na prevenção, com o repasse de R$ 15 milhões aos municípios no ano passado e a promessa de mais R$ 5 milhões para combater a doença. “Os casos aumentaram em todo o país e nós estamos em alerta,” enfatiza Zanotto, apelando para a responsabilidade individual na eliminação de criadouros do mosquito.
João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica, reforça a importância do diagnóstico precoce: “Ao apresentar febre e dor de cabeça, procure imediatamente um serviço de saúde.”
O governo de Santa Catarina destaca a luta contra a dengue como um esforço conjunto. A secretária Zanotto aponta a necessidade de ações comunitárias e individuais: “Estamos investindo em campanhas publicitárias, mas precisamos que cada cidadão faça a sua parte.”