A prefeita Nilza Simas (PL), em sua participação nesta quarta-feira (16) na Rádio Cidade, rebateu as críticas que vem recebendo desde a noite de ontem, após a votação do PL 072/2024, que prevê a criação do Programa Humanizar e a criação de cinco cargos em comissão no Hospital Municipal Santo Antônio.

“Poderiam ter buscado a verdade. Mas cabe a mim esclarecer a situação em relação ao hospital e à exclusão de alguns cargos”, iniciou a prefeita. “Nós encaminhamos um projeto que se chama Humanização Hospitalar. Eu defendo a ideia de termos pessoas que vão humanizar o serviço, fiscalizar e prestar contas sobre como está sendo executado o atendimento médico ao paciente”, afirmou Nilza, que completou dizendo que esse tipo de programa já existe em outros hospitais de grande porte.

Sobre o número de cargos, a prefeita afirmou que eles serão exclusivamente para dar suporte aos pacientes. “Eu defendo que tenhamos um motorista e um carro à disposição. Porque, recentemente, o hospital deu alta a um paciente de 62 anos e nenhum familiar veio buscá-lo. Ele voltou a pé. Se o hospital tivesse um carro à disposição, ele teria ido para casa com tranquilidade. Isso é tratar o itapemense com dignidade. Eu defendo essa ideia e não abro mão dela até o fim do meu governo, para poder ter esses profissionais lá dentro”, continuou.

Sobre o cargo de Diretor de Comunicação e Marketing, ela defendeu que “não é um profissional para postar fotos no Instagram”. “O cargo é de comunicação para a Secretaria de Saúde e para o hospital. Até quando vamos ter esse tipo de trabalho sem profissionalização?”, questionou. “Estamos apenas mudando a forma de contratação.”

Rebatendo as críticas de que o cargo teria sido criado para que ela mesma pudesse ocupá-lo a partir de janeiro de 2025, Nilza esclareceu: “Eu sou profissional efetiva. Em algum lugar, vou trabalhar. Em Itapema ou fora. Estou muito cansada. Ter pessoas fiscalizando o atendimento do povo para que o serviço aconteça faz sentido. Até 31/12, a prefeita sou eu, e diante das dificuldades, tenho que tomar decisões”, disse.

Sobre a exclusão dos cargos de cardiologista, neuropediatra e cirurgião dentista, a gestora municipal explicou que um conjunto de fatores a levou a tomar essa decisão, entre eles a falta de profissionais interessados nas vagas do concurso público vigente. “Eu preciso pedir em lei a mudança da forma de contratação. Eu defendo o credenciamento. Naquele documento, o cargo foi excluído naquela forma de contratação. Do processo seletivo e do concurso público, ninguém mais se habilitou para trabalhar. No credenciamento, eu pago por produção, por consulta. Como ninguém mais se habilita, eu tenho que encontrar uma forma de contratar esses profissionais”, disse.