O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o governo federal não irá reinstaurar o horário de verão em 2024. A decisão, que poderá ser reavaliada para anos futuros, foi tomada após uma reunião no Palácio do Planalto, onde Silveira apresentou um parecer técnico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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A proposta de manter o horário de verão fora de pauta surgiu após estudos que indicaram que, com a chegada do período chuvoso, os reservatórios estariam suficientemente abastecidos para garantir a geração de energia nas hidrelétricas. Assim, o governo busca evitar grandes prejuízos até o final do ano. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também havia apresentado dados sobre a possibilidade de adiantar os relógios, mas a decisão final foi pelo não retorno da medida.

A discussão sobre o retorno do horário de verão foi intensificada devido à severa estiagem que o Brasil enfrenta, considerada a mais intensa dos últimos 74 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). O governo começou a avaliar a eficácia da medida, que já havia sido suspensa em 2019 devido a mudanças nos hábitos de consumo de energia.

O horário de verão, que era aplicado em várias regiões do país, tinha como objetivo reduzir o consumo de iluminação, especialmente nas áreas mais distantes da Linha do Equador, onde a diferença de luminosidade entre as estações é mais significativa. A última implementação ocorreu entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019, alterando o início da medida para não interferir nas eleições gerais daquele ano.