O religioso alega que foi alvo de perseguição e intolerância religiosa desde a publicação de uma “nota de esclarecimento” pela Arquidiocese em 2020
O padre Fabrício Adão Bernardo, da Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB) em Itapema, está processando a Arquidiocese de Florianópolis, pertencente à Igreja Católica Apostólica Romana, por difamação e danos morais. O religioso alega que foi alvo de perseguição e intolerância religiosa após a publicação de uma nota de esclarecimento pela Arquidiocese em 2020, que desautorizava Fabrício a atuar em nome da Igreja Romana e, segundo Fabrício, o acusava de falsidade ideológica ao afirmar que este seria um “falso padre”. O assunto voltou a repercutir na última semana, após Fabrício ter recebido informações de que um padre de Itapema estaria novamente afirmando de que o sacerdote, conhecido pelo talento musical, seria um “falso padre”.
✅Clique aqui para entrar na comunidade do Lance Itapema no WhatsApp
Conforme o sacerdote relatou ao Lance Itapema, a nota causou sérios danos à sua carreira vocacional, levando-o a registrar um boletim de ocorrência na delegacia de Porto Belo e a iniciar um processo judicial contra a Igreja Romana. Ele afirma que a nota foi amplamente divulgada em grupos de WhatsApp e redes sociais, expondo seu nome e colocando em dúvida sua legitimidade como sacerdote.
A polêmica começou quando vídeos de Fabrício celebrando liturgias de batina em templos religiosos viralizaram nas redes sociais. A Arquidiocese de Florianópolis, em resposta, publicou a nota que, segundo Fabrício, foi difamatória e prejudicial. O padre também acusa outros sacerdotes da Igreja Romana, incluindo um padre de Tijucas, de difamá-lo publicamente durante missas.
Fabrício nega que tenha utilizado vestimentas ou locais pertencentes à Igreja Romana e defende que tanto a Igreja Romana quanto a Brasileira utilizam vestimentas e rituais semelhantes. O processo judicial segue em segredo de justiça.
O assunto voltou a ganhar destaque recentemente, após Fabrício Adão Bernardo receber informações de que um padre da Igreja Católica Apostólica Romana de Itapema estaria novamente difamando-o durante uma missa realizada no último final de semana. De acordo com Fabrício, ele tentou entrar em contato com o referido padre para esclarecer a situação, mas não obteve sucesso. Diante disso, Fabrício anunciou que pretende adicionar o nome do padre ao processo por danos morais, intolerância religiosa e calúnia que já está movendo contra a Igreja.
O Lance Itapema procurou a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, onde o padre em questão atua. Em resposta, a paróquia informou que o sacerdote “não irá se pronunciar por fatos que não ocorreram”, indicando que ele nega as acusações feitas por Fabrício.
O caso continua gerando repercussão. A ação judicial, que envolve alegações de difamação e perseguição religiosa, segue em segredo de justiça. Fabrício Adão Bernardo, que há quase seis anos exerce seu sacerdócio na Igreja Católica Apostólica Brasileira em Itapema, reforça que seu objetivo é buscar justiça e respeito pela sua missão religiosa, e que continuará defendendo sua honra contra o que considera ser uma campanha de difamação injusta e prejudicial.