Na última semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, realizaram um almoço reservado no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O encontro ocorreu na ala residencial do palácio e transcorreu sem a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou de qualquer testemunha. De acordo com fontes próximas aos envolvidos, a conversa foi considerada “boa” por interlocutores de ambos os lados.

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Em declarações a aliados, Kassab afirmou que não mantém nenhuma divergência com Bolsonaro e que não vê problemas em apoiar o governo Lula ao mesmo tempo em que defende o debate sobre a anistia como um possível avanço para o Brasil.

Vale destacar que, recentemente, Bolsonaro havia feito críticas ao PSD, especialmente após o partido se aliar ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ocupar cargos ministeriais, enquanto mantém presença na gestão de Tarcísio, do qual Kassab é secretário. Essas tensões se intensificaram há duas semanas, quando o líder do PSD disparou críticas contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamando-o de “fraco” e sugerindo que, caso as eleições fossem hoje, o presidente Lula não venceria.

O encontro entre Bolsonaro e Kassab, portanto, sinaliza uma tentativa de aproximação, mesmo em meio a um cenário político polarizado e com divergências evidentes entre as ambos.