Um confronto entre motoristas de aplicativo e guardas municipais na rodoviária local, que aconteceu nesta quinta-feira (18), foi motivo de polêmica. A tensão, gravada e publicada nas redes sociais, se intensificou quando um dos motoristas foi detido e algemado, acusado de desacato. De acordo com os motoristas de aplicativo, houve uma ação truculenta da GM. […]
Um confronto entre motoristas de aplicativo e guardas municipais na rodoviária local, que aconteceu nesta quinta-feira (18), foi motivo de polêmica. A tensão, gravada e publicada nas redes sociais, se intensificou quando um dos motoristas foi detido e algemado, acusado de desacato. De acordo com os motoristas de aplicativo, houve uma ação truculenta da GM. O Major Rodrigues, secretário de Segurança Pública do município, afirmou que a ação foi uma resposta a um problema recorrente com aquele indivíduo, que estaria agindo de maneira ameaçadora há dias, inclusive com companheiros de profissão. Um dos motoristas que estava presente no momento rebate acusações e pede provas.
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Em resposta ao caso, motoristas de aplicativo da cidade se organizaram em um ato de protesto. Eles promoveram um ‘buzinaço’ pelas ruas, demonstrando sua insatisfação com a abordagem dos guardas municipais. A ação teve como objetivo chamar a atenção para o que consideram um tratamento que consideraram injusto e severo.
Diante da repercussão, o Secretário de Segurança Pública, Major Rodrigues se manifestou. Ele explicou que o incidente foi o estopim de uma série de problemas com um grupo de motoristas que, segundo ele, atuavam fora das normas estabelecidas pela legislação, cobrando por fora da plataforma oficial.
O motorista detido, segundo o Major, se identificou como faixa preta de jiu-jitsu, teria ameaçado um taxista e desacatar os guardas durante a abordagem. Segundo Rodrigues, a reação da guarda municipal foi necessária, dada a ameaça percebida, e resultou na detenção do motorista.
Major Rodrigues destacou que a técnica de imobilização utilizada para deter o motorista, apesar de eficaz, será objeto de análise pela corregedoria. Ele reforçou a necessidade de avaliar se a ação foi adequada, considerando o contexto e a segurança de todos os envolvidos.
“O guarda, sabendo da condição dele de lutador de jiu-jitsu – e o guarda municipal também é -, aplicou aquela técnica. E não machucou: se o seu olhar bem o vídeo ele jogou no chão e, em seguida, algemou e conduziu para delegacia”, afirmou o Major. “Não vou discutir essa técnica é legal ou não, quem vai apurar é a corregedoria”, concluiu, frisando que a corregedoria é um órgão independente e que qualquer excesso será investigado e encaminhado ao Ministério Público.
Segundo Rodrigues, a fiscalização na rodoviária agora será realizada diariamente. O objetivo, segundo ele, é garantir o cumprimento da legislação e evitar abusos.
Eu sou um dos motoristas que estavam ontem na rodoviária no fato que aconteceu”, começa Jardel Souza, um motorista de aplicativo envolvido no recente incidente em Itapema. “A gente quer dar a nossa versão para vocês do que aconteceu ali ontem,” ele continua, referindo-se à ação polêmica que acabou em detenção e gerou um debate na cidade.
Jardel rebate as alegações do Secretário de Segurança Pública, Major Rodrigues, sobre os motoristas causarem tumulto na rodoviária. “Isso não, isso ele não tem como provar. A gente pede a prova, a gente quer a prova,” desafia Jardel. Ele menciona que estão abrindo boletins de ocorrência contra o Major por acusações feitas nas redes sociais.
Ele esclarece sobre a legalidade de sua atuação: “A gente tem uma plataforma que a gente tá implantando na cidade que é legalizada, um aplicativo novo chamado “Vapt-vupt” que me dá toda a legalidade que eu preciso para minha corrida.” Jardel argumenta que não precisam da permissão da guarda municipal para trabalhar. Ele argumenta ainda que quando procuraram o Major para implementar o novo aplicativo na cidade, não teve uma resposta positiva, e era exatamente sobre isso que falavam na reunião que a GM interrompeu.
O motorista detalha o episódio que levou à detenção de seu colega, Diego, durante uma reunião com o secretário de trânsito. “Quando o Diego chega para participar da reunião, eles vão para cima dele,” relata. Jardel questiona a alegação do Major sobre Diego, um praticante de jiu-jitsu, e a técnica de imobilização usada pela guarda.
Jardel expressou preocupações com a técnica de imobilização usada pela guarda. “Essa queda, se você pega uma pessoa que não saiba cair, você mata uma pessoa”, citou. Ele também aborda o que, na delegacia, um mestre de jiu-jitsu alertou sobre o perigo da queda sofrida por Diego. “Inclusive estourou o ligamento do joelho dele,” revela Jardel, destacando a gravidade da situação.
Jardel finaliza exigindo provas das acusações do Major e menciona vídeos que possuem, mostrando guardas intimidando passageiros. “A Rodoviária de Itapema é pública. Se eu quiser dormir lá na rodoviária, eu posso,” ele afirma, defendendo o direito de operar livremente na área.
“A Rodoviária de Itapema é pública… a gente tá tentando uma conversa com eles para implantar esse aplicativo, mas parece que eles estão extremamente fechados para nós”, concluiu, indicando um impasse com as autoridades locais.
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