A acusação refere-se ao uso indevido de um imóvel público destinado à implantação de um serviço de saúde, que, segundo a denúncia, não teria sido utilizado
A ex-prefeita de Itapema, Nilza Simas (PL), e o ex-vereador Lindomir Galisa (PP), presidente da Colônia de Pescadores, estão no centro de mais uma polêmica envolvendo suposta exploração dos cofres públicos. A acusação refere-se ao uso indevido de um imóvel público destinado à implantação de um serviço de saúde, que, segundo a denúncia, não teria sido utilizado.
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A denúncia anônima aponta que a Colônia de Pescadores, localizada na rua Antenor Bittencourt, nº 43, no bairro Canto da Praia, foi locada com a justificativa de abrigar uma equipe multiprofissional da Saúde e o serviço de TeleSaúde. O contrato foi assinado em 21 de dezembro de 2023 e previa o pagamento de 12 meses de aluguel no valor de R$ 3.460,00 por mês, totalizando R$ 41.520,00.
Uma funcionária da Colônia dos Pescadores informou que havia planos para a implantação da telessaúde, que ocuparia todo o andar inferior e algumas salas do andar superior. De acordo com ela, alguns equipamentos chegaram a ser levados para o local, no entanto, nunca foram utilizados. Ela ainda destacou que durante a transição de governo, foi solicitado o recolhimento dos equipamentos que estavam no espaço.
Entretanto, a assessoria da ex-prefeita afirmou que a nova gestão renovou o contrato e que o espaço contava com equipamentos e profissionais em atividade. O documento foi renovado em 30 de dezembro de 2024 por mais seis meses, que resultaria em uma despesa de R$ 22.074,42 para os cofres públicos.
Porém, o aluguel foi suspenso em 3 de janeiro deste ano, conforme registrado no portal de transparência da prefeitura. Segundo o atual secretário de Saúde, Fabrício Lazzari, a decisão foi tomada após a equipe de transição do novo governo identificar que o local não estava em uso, resultando na solicitação de distrato.
O ex-secretário de Saúde de Itapema, Alexandre Santos, afirmou que o projeto de telessaúde durante a gestão da ex-prefeita Nilza Simas nunca foi efetivamente implementado. De acordo com ele, em alguns momentos, uma equipe multiprofissional atuou no local, com maior ênfase no trabalho de nutricionistas.
O denunciante afirmou que as informações foram repassadas aos vereadores, que sugeriram a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar uma possível exploração turística envolvendo a ex-prefeita e Galisa. Então essa questão do “imóvel fantasma” também pode ser investigada na CEI.