Saúde

Sibely Santos | 26/07/2024 17:08

26/07/2024 17:08

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Febre de Oropouche: SC investiga possível óbito e registra 168 casos da doença similar à dengue

A febre é transmitida pelo mosquito maruim

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), está acompanhando a investigação de um caso suspeito de óbito por Febre de Oropouche, conduzida pelo Estado do Paraná com apoio do Ministério da Saúde. O caso foi identificado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, sendo o paciente atendido por serviços de saúde locais no Paraná, onde faleceu em abril de 2024. O Ministério da Saúde recomenda a investigação de óbitos suspeitos ou confirmados pela doença. Durante a investigação, foi estabelecido que o local provável da transmissão foi em Santa Catarina, uma vez que o paciente teve registro de viagem ao estado.

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Neste momento, Santa Catarina não investiga outros casos suspeitos de óbito pela doença. Os municípios com maior número de casos confirmados são Luiz Alves com 88 casos, Botuverá com 37 e Blumenau com 10. Santa Catarina registra um total de 168 casos confirmados até o momento. Além desses municípios, Antônio Carlos registrou dois casos, Benedito Novo um, Brusque sete, Canelinha um, Corupá três, Guabiruba um, Guaramirim um, Ilhota seis, Jaraguá do Sul um, São Martinho um, Schroeder sete e Tijucas dois.

Entenda a doença

A Febre de Oropouche é causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O vírus Oropouche foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostras de sangue de animais silvestres durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul, como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela. A transmissão da Febre de Oropouche é feita principalmente pela picada do maruim.

Os sintomas são similares aos da dengue, incluindo dor de cabeça, dores musculares, náusea e diarreia. Em um pequeno número de casos, a doença pode evoluir para diagnósticos mais graves, como manifestações neurológicas. Não existe vacina ou tratamento específico para a Febre de Oropouche. Pacientes com sinais e sintomas devem permanecer em repouso, realizar tratamento sintomático e manter acompanhamento médico.

A SES recomenda que a população redobre os cuidados para evitar a picada de maruins, como o uso de repelentes e a instalação de telas de proteção em portas e janelas. É fundamental que as pessoas fiquem atentas aos sinais e sintomas da doença e procurem atendimento médico ao perceberem qualquer alteração. A colaboração da comunidade é essencial para o controle da doença e a redução do risco de transmissão.

As autoridades de saúde de Santa Catarina e do Paraná, junto com o Ministério da Saúde, continuam monitorando a situação e prestando suporte necessário para as investigações. Medidas de vigilância epidemiológica e ações de controle estão sendo intensificadas para evitar a disseminação da Febre de Oropouche.

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