Uma técnica ancestral de conservação de alimentos foi muito utilizada em Itapema nos séculos passados. Conhecida como peixe seco ou peixe escalado, essa prática consiste em secar o peixe ao sol após salgá-lo, permitindo que seja preservado por até um ano. Essencial para a comunidade local da época, o método não apenas fortalece laços sociais, […]
Uma técnica ancestral de conservação de alimentos foi muito utilizada em Itapema nos séculos passados. Conhecida como peixe seco ou peixe escalado, essa prática consiste em secar o peixe ao sol após salgá-lo, permitindo que seja preservado por até um ano. Essencial para a comunidade local da época, o método não apenas fortalece laços sociais, mas hoje também preserva a herança cultural açoriana da região.
O processo começa com a escolha cuidadosa do peixe, que deve ser fresco e pescado no mesmo dia. Após a limpeza e preparo inicial, o peixe é mergulhado em uma solução salina e, em seguida, coberto com uma camada generosa de sal grosso, que ajuda na desidratação e preservação. O peixe é então colocado em prateleiras de madeira, evitando-se o metal para prevenir sabores indesejados, e seco ao ar livre, longe da luz solar direta e de animais.
Além de ser uma técnica eficaz de conservação, o peixe seco é uma iguaria apreciada, especialmente quando preparado a partir de espécies como tainha e cavala. A receita simples, exigindo apenas peixe e sal, ressalta a importância de manter viva uma prática que transcende gerações, ensinando não só sobre culinária, mas sobre história, sustentabilidade e a valorização de métodos tradicionais em um mundo moderno.