Geral

Priscilla Gomes | 08/03/2025 09:09

08/03/2025 09:09

5239 visualizações

Mulheres itapemenses compartilham desafios e conquistas no Dia Internacional da Mulher

Em Itapema, profissionais de diferentes áreas relatam os desafios enfrentados e as vitórias alcançadas na jornada feminina

“Eu não desejo que as mulheres tenham poder sobre os homens, mas sim sobre si mesmas.” A frase da escritora Mary Shelley, autora de Frankenstein, ecoa com força neste sábado (8), quando mulheres de diversos lugares celebram suas conquistas, grandes e pequenas, ao longo dos anos.

Em Itapema, profissionais de diferentes áreas relatam os desafios enfrentados e as vitórias alcançadas na jornada feminina.

Fabiulla Pinheiro, agente da Polícia Civil de Itapema, enfrenta diariamente o preconceito em uma profissão historicamente masculina. Apesar de ressaltar que dentro da corporação a mulher é valorizada, ela percebe que, para parte da população, ainda há desconfiança sobre sua capacidade.

“A gente sempre tem que provar para a população. Eles nos olham como o ‘sexo frágil’ e, às vezes, acham que não podemos garantir a segurança deles. Então, precisamos demonstrar nossa competência o tempo todo”, afirma.

Ana Cruze, enfermeira aposentada do Oeste de Santa Catarina, aproveita as férias na região ao lado de amigas. Para ela, ser mulher é um dom divino. Seu maior desafio foi presidir uma escola de samba, espaço onde enfrentou machismo e resistência masculina.

“Não devemos ser superiores, mas sim iguais. Eu tenho direitos, assim como eles. Mas, quando uma mulher está no comando, muitos homens não colaboram, sentem ciúmes. Eu penso que o homem, muitas vezes, é invejoso”, pontua.

Claudete Crestani, professora aposentada, lembra que um dos maiores desafios que enfrentou foi criar os filhos sozinha, enquanto conciliava o trabalho.

“Criar meus filhos foi um desafio bem grande. Como meu marido viajava muito, eu eduquei e criei os gêmeos sozinha, enquanto ainda trabalhava fora”, conta.

O Significado do 8 de Março

O Dia Internacional da Mulher, oficializado pela ONU em 1977, tornou-se um marco para a luta por direitos políticos, sociais e econômicos. Desde a década de 1970, os movimentos feministas ocidentais utilizam a data para fortalecer pautas como igualdade no mercado de trabalho e direitos reprodutivos.

Mais do que uma celebração, o 8 de março representa a resistência e a determinação das mulheres que, diariamente, enfrentam desafios e conquistam seu espaço na sociedade.

 

Deixe seu comentário