Movimento interestadual também realizou três mandados de prisão e 14 mandados de imposição
A Operação Las Vegas cumpriu 23 mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (30). A ação integra um movimento interestadual e aconteceu nas cidades de Itapema (4), Balneário Camboriú (1), Londrina-PR (12), Cambé-PR (2), Goiânia-GO (3) e Brasília-DF (1). Também foram realizados três mandados de prisão e 14 mandados de imposição de medidas cautelares diversas.
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O alvo da operação é uma organização criminosa com atuação nacional na exploração de jogos online de azar e na prática de lavagem de dinheiro. A investigação também determinou o bloqueio de sites de apostas e sistemas on-line de gestão de jogos ilegais hospedados no Brasil e no exterior junto ao bloqueio de páginas do Instagram e Youtube. Além disso, foi restringido a circulação de 236 veículos e realizado a apreensão de 18 imóveis e de valores em dinheiro. O montante a ser bloqueado nas contas bancárias dos investigados chega a quase R$ 150 milhões.
A iniciativa foi promovida pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e com apoio dos Gaecos de Santa Catarina, Distrito Federal e Goiás. As medidas judiciais foram deferidas pelo Juízo da 5ª Vara Criminal de Londrina.
Entenda o caso
A organização criminosa atuava de maneira empresarial na exploração de jogos ilegais em diversos estados, como Paraná, Santa Catarina e Goiás. Para isso, foi desenvolvido uma plataforma para gestão e exploração de jogos de azar. Uma planilha obtida pelo Gaeco mostrou que em apenas um mês o esquema criminoso obteve uma renda bruta de mais de R$ 40 milhões com o fornecimento do sistema para outros grupos criminosos.
O líder do esquema criminoso chegou a ser preso em 2011 na Operação Jogo Sujo II, também do Gaeco. Entretanto, ele continuou operando jogos ilegais e ampliou o esquema criminoso, passando a atuar em todo o país.
Em novembro de 2023 a Gaeco realizou uma nova operação que prendeu dois integrantes da organização, responsáveis por controlar o setor de lavagem de dinheiro do grupo. Três dias após a ação, o líder do esquema e outros familiares investigados fugiram para os Estados Unidos. Atualmente, ao menos quatro investigados, todos pertencentes ao núcleo familiar do líder, seguem nos Estados Unidos.