Nessa modalidade de fraude, os golpistas se passam por advogados ou funcionários de escritórios jurídicos para enganar e extorquir vítimas
A Polícia Civil de Itapema emitiu um alerta à população sobre o golpe do falso advogado, uma prática criminosa que tem se espalhado pelo país e se enquadra como estelionato, conforme o artigo 171 do Código Penal.
Nessa modalidade de fraude, os golpistas se passam por advogados ou funcionários de escritórios jurídicos para enganar e extorquir vítimas. Usando documentos falsificados e informações verossímeis, eles miram especialmente pessoas com processos judiciais em andamento, como ações previdenciárias, precatórios e RPVs (Requisições de Pequeno Valor).
Segundo a Polícia Civil, os criminosos acessam plataformas públicas da Justiça, como o PJe e o JusBrasil, onde coletam informações detalhadas dos processos. Com esses dados em mãos, criam perfis falsos em redes sociais e aplicativos de mensagens, simulam documentos oficiais e tentam induzir as vítimas a realizar depósitos, alegando supostas taxas ou honorários.
“Eles criam um valor fictício, dizem que a pessoa tem, por exemplo, R$ 150 mil a receber, mas que precisa fazer um depósito imediato para liberar o valor. Inventam taxas inexistentes, como honorário de contador judicial ou oficial de justiça”, explicou o delegado responsável pelo caso.
Para dar mais credibilidade à fraude, os golpistas enviam documentos falsos com brasões da República, timbres de tribunais, cópias de sentenças, ofícios e até peças processuais contendo os nomes de advogados reais.
Após conquistar a confiança da vítima, exigem pagamentos antecipados para a liberação dos supostos créditos, alegando cobranças como “taxa de desbloqueio”, “emolumentos finais”, “imposto de renda” ou “taxa de transferência”. Os valores geralmente são solicitados via PIX ou depósito em contas de terceiros. Assim que o dinheiro é transferido, os criminosos encerram o contato e bloqueiam a vítima.
A Polícia Civil reforça que nenhum órgão público, advogado ou servidor da Justiça solicita pagamentos via PIX ou depósito bancário para liberar valores judiciais. Em caso de dúvida, a orientação é não realizar transferências e buscar confirmação diretamente com o advogado responsável ou junto ao fórum da comarca.
Vítimas ou pessoas que receberam mensagens suspeitas devem registrar boletim de ocorrência presencialmente na Delegacia de Polícia Civil de Itapema ou pela Delegacia Virtual, no site www.pc.sc.gov.br