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Lance Notícias | 07/01/2025 16:17

07/01/2025 16:17

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População em situação de rua cresceu 12% em Itapema desde 2021, aponta observatório

Apesar do salto, cidade figura entre uma das que menos recebe pessoas em situação de rua no Litoral Catarinense

Em 2023, 144 pessoas em situação de rua fazem de Itapema a própria casa. O número representa um salto de 12% em relação a 2021 – quando 128 “andarilhos” foram registrados no município. Os dados são do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, ligado à UFMG.

O índice também é muito menor do que o comparativo com o estado. Em Santa Catarina, o estudo apontou aumento de 5.678 em 2021 para 9.989 pessoas em situação de rua em 2023 – uma alta de 76%. O índice catarinense supera a média nacional de 65,5% no mesmo período. 

Na Costa Esmeralda, Itapema lidera. Em Porto Belo, o número é de 32 e, em Bombinhas, 45. No Estado, Florianópolis continua sendo o destino favorito para os andarilhos.

Segundo André Luiz Freitas Dias, coordenador do observatório, o aumento do número de pessoas em situação de rua pode ser devido ao crescimento do CadÚnico, o sistema de registro para o acesso às políticas sociais no Brasil. Ele também destaca que a falta de políticas públicas efetivas quando se fala nas áreas de moradia, trabalho e educação agravam o problema. 

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) identificou casos em que outros estados, como São Paulo e Bahia, estão enviando pessoas em situação de rua dos seus estados para Santa Catarina.

Ainda de acordo com o levantamento, a população em situação de rua em Santa Catarina é majoritariamente masculina, correspondendo a 89% do número total. 61,4% desses homens se identificam como brancos, 37,6% como negros , 0,51% como indigenas e 0,38% amarelos. 14% das pessoas nessa condição possuem algum tipo de deficiência e 42,3% não chegaram a concluir o ensino fundamental. A maioria tem idades entre os 18 e 59 anos. 

 

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