O último relatório de balneabilidade divulgado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) revelou que, na praia de Itapema, apenas um dos nove pontos monitorados está impróprio para banho.
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Segundo o Gerente de Laboratório e Medições Ambientais do IMA, Marlon Daniel da Silva, as análises são realizadas duas vezes por semana e consideram a presença de contaminação fecal recente, geralmente de origem humana, como principal critério para determinar a qualidade da água.
A presença de organismos nocivos identificados nas amostras pode causar doenças, e o fluxo intenso de turistas durante a temporada de verão agrava o problema. “A alta circulação de pessoas na cidade pressiona o sistema de esgotamento sanitário, e, se não houver tratamento adequado, a qualidade da água é comprometida”, explicou.
Além disso, o governo estadual solicitou ao IMA que amplie os estudos para incluir a análise da carga viral das águas, em parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública. Essa medida visa identificar possíveis ligações entre a balneabilidade e surtos de viroses comuns em períodos de alta temporada.
Outro fator que impacta diretamente na qualidade da água é o despejo de canais e valas contaminadas no mar.
Soluções e responsabilidades
Os relatórios do IMA servem como alerta para a necessidade de políticas públicas eficazes voltadas ao tratamento de esgoto. “É essencial que o esgotamento sanitário seja recolhido e tratado, e que exista uma infraestrutura de micro e macro drenagem eficiente. Onde isso não for possível, as residências devem adotar alternativas como fossas sépticas adequadas”, destacou.