Usar roupas brancas, pular sete ondas, evitar aves que ciscam para trás e comer lentilha são apenas algumas tradições
Com a chegada do Ano Novo, milhões de brasileiros se preparam para celebrar a virada repletos de esperança e rituais que prometem atrair sorte, amor, saúde e prosperidade. As superstições de Réveillon são parte integrante da cultura do país, misturando crenças populares e influências religiosas que tornam a data ainda mais especial.
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Entre as práticas mais tradicionais está o uso de roupas brancas, símbolo de paz e renovação. O branco é quase obrigatório nas festas e praias, especialmente em lugares como Itapema, Blaneário, Porto Belo, e tantas outras no extenso litoral brasileiro. Além disso, muitos escolhem as cores das roupas íntimas de acordo com seus desejos para o próximo ano: amarelo para dinheiro, vermelho para paixão e verde para saúde.
Outro costume popular é pular sete ondas no mar, uma prática de origem africana que homenageia Iemanjá, a rainha das águas. Cada onda representa um pedido ou agradecimento, fortalecendo o vínculo espiritual com o novo ciclo que se inicia.
Na mesa da ceia, alimentos simbólicos não podem faltar. Lentilha, que simboliza prosperidade, e uvas ou romãs, associadas à fartura, são consumidas com fervor. Por outro lado, há quem evite carne de aves, pois acredita-se que “cisca para trás”, sugerindo retrocesso.
Guardar sementes de romã na carteira e colocar notas de dinheiro nos sapatos são outros rituais populares que visam atrair riquezas. Para muitos, são gestos simples, mas carregados de significado e fé. Mas você conhece a origem dessas tradições?
A origem das superstições
A prática de usar roupas brancas, por exemplo, é fortemente associada às religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. O branco simboliza paz e pureza, além de ser a cor usada em rituais para atrair boas energias e homenagear Iemanjá, a rainha das águas e protetora dos mares.
Já o costume de pular sete ondas no mar remonta às tradições afro-brasileiras e também está ligado a Iemanjá. O número sete possui um significado místico em diversas culturas, representando plenitude e renovação. Cada onda pulada é acompanhada de um pedido ou agradecimento, fortalecendo o vínculo espiritual com o novo ciclo.
A lentilha na ceia, símbolo de prosperidade, tem origem italiana. Os imigrantes trouxeram a tradição para o Brasil, acreditando que a forma arredondada da lentilha lembra moedas e, portanto, atrai riquezas. Da mesma forma, comer uvas ou guardar sementes de romã na carteira, práticas que evocam fartura e boa sorte, têm raízes no cristianismo e nas tradições mediterrâneas.
Por outro lado, evitar carne de aves no Réveillon é uma superstição de origem portuguesa. A crença de que aves “ciscam para trás” foi reinterpretada no Brasil como algo que poderia trazer retrocesso ou dificuldades no ano que se inicia.
Essas superstições não apenas ajudam a criar um clima de positividade e renovação, mas também reforçam a riqueza cultural do Brasil, onde influências africanas, europeias e indígenas se misturam. Para muitas famílias, os rituais da virada do ano são momentos de conexão e esperança, mantendo vivas tradições que atravessaram gerações.
Independentemente de crenças ou origens, o que une os brasileiros é o desejo comum de começar o ano com energia renovada e metas alcançáveis. E, como dizem por aí, “não custa tentar”. Afinal, quem não gostaria de entrar em 2025 com paz, prosperidade e amor?