O governo federal está prestes a iniciar os trabalhos de um grupo destinado à elaboração de um guia para o uso consciente de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 7, pela coordenadora-geral de Educação Midiática da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Mariana Filizola. Em Itapema, a professora e orientadora educacional Ana Lúcia Ribeiro Gomes lançou o livro “No Reino das Águas Profundas” que debate sobre o tema.

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Criado em 5 de dezembro do ano passado, o grupo reunirá especialistas de diversas áreas para desenvolver uma publicação que oriente pais e educadores sobre o uso adequado de telas por crianças e adolescentes. Essa iniciativa também se baseará nas sugestões apresentadas durante uma consulta pública realizada em outubro do ano passado.

A preocupação com o uso excessivo de telas, especialmente celulares, é uma questão global. O Brasil está entre os países onde as pessoas passam mais tempo utilizando smartphones, telas e dispositivos eletrônicos. Segundo um levantamento recente da EletronicsHub, os brasileiros gastam em média nove horas por dia na internet, ficando atrás apenas das Filipinas em tempo de uso de tela.

Quanto às crianças e adolescentes, a última pesquisa TIC Kids Online, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revelou que 95% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos acessam a internet, o que representa mais de 25,1 milhões de pessoas nessa faixa etária. O estudo também indicou que o primeiro contato com a internet costuma ocorrer muito cedo no Brasil, com 24% dos casos ocorrendo antes dos 6 anos de idade.

Em Itapema, a professora e orientadora educacional Ana Lúcia Ribeiro Gomes lançou um livro intitulado “No Reino das Águas Profundas”, abordando os desafios enfrentados pelas crianças no mundo digital. Com 31 anos de experiência na área educacional, Ana Lúcia percebeu problemas emocionais significativos entre seus alunos, o que a levou a investigar o impacto do uso excessivo de telas e multimídia no desenvolvimento infantil. Sua pesquisa revelou que muitas crianças passavam demasiado tempo em seus celulares, inspirando a escola a implementar projetos no contraturno para ocupar os alunos e reduzir o tempo de exposição às telas.

O livro de Ana Lúcia surge como uma resposta às preocupações crescentes sobre os efeitos negativos das telas na alimentação, prática de esportes e socialização real das crianças. Ele busca conscientizar sobre a preferência pelas relações virtuais em detrimento das interações presenciais, um fenômeno cada vez mais comum na era digital. Lançado neste mês, “No Reino das Águas Profundas” reflete a paixão de Ana Lúcia pela educação e seu compromisso com o bem-estar dos alunos, demonstrando seu orgulho pela carreira como professora e orientadora, refletido em sua escrita.

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